9 de jul. de 2009

Mais um conflito que está na rede

A essas alturas do campeonato todo mundo está sabendo o que está rolando em Xinjiang, região autônoma no noroeste da China. Os confrontos, o conflito étnico, as mortes, os feridos, o exército na rua, o toque de recolher. Apesar do Brasil estar dando pouca bola para o assunto, os dois correspondentes de jornais brasileiros, da Folha e do Estadão, estão lá reportando o que acontece para o público tupiniquim. Claro que sempre é diferente a maneira que duas pessoas contam a mesma história, mas é fundamental que a história seja contada.

A maneira mais rápida de acompanhar tudo é a internet, claro, mas especialmente pela ferramenta da moda, o Twitter. Mesmo com todos os bloqueios na rede (estamos com uma dezena de sites barrados de novo pela "Great Firewall") quem está lá está dando um jeito de se comunicar. Pra variar, quem está fora de Xinjiang, mas na China, também. Afinal, se não fosse isso eu não estaria escrevendo este post. Para quem lê em inglês tem material legal saindo. Se você quiser ficar por dentro, acompanhe a @melissakchan, correspondente da Al Jazeera que tem disponibilizado informações bacanas e vídoes no Youtube, e o @MalcomMoore, correspondente do Daily Telegraph. Acompanhe também o @mranti, jornalista independente que já foi correspondente de jornais americanos e teve o blog deletado na China por causa do conteúdo. Tem também o @shanghaiist, que está atualizando com matérias e análises exclusivas. Claro, você ainda pode seguir as garotas que comem de palitinho, Jana Jan e Dona Coruja, pois também estamos atualizando com o que vemos sobre o assunto.

Os grandes jornais do mundo todo também estão lá e gerando muito material. Achei interessante a iniciativa do New York Times de fazer um espaço de debate qualificado sobre o assunto. Tá aqui no site deles. Para ter acesso às matérias completas é necessário fazer um cadastro no site, que é gratuito. Tem os correspondentes da Time e da CNN, do The Economist e Wall Street Journal, ABC, da Espanha, só para citar alguns.

Outro site onde você pode acompanhar é o Danwei, que sempre traz as principais notícias dos jornais chineses e artigos sobre comunicação no país. Claro que o site está acompanhando o que acontece em Xinjiang, especialmente porque esta já é classificada como a cobertura jornalística onde a imprensa internacional teve mais liberdade para atuar. Não que eu ache que o governo está divulgando tudo porque ficou bonzinho ou se conscientizou do papel da imprensa livre na sociedade (sic). Falando no governo, sempre dá pra acompanhar a mídia chinesa. Diário do Povo, Xinhua, China Daily, Rádio Internacional da China e CCTV estão cobrindo o conflito e transmitem em inglês.

Depois de ler tudo isso você deve estar se perguntando: tá, mas o que tu acha de tudo isso?? Gente, só tenho dizer que acho triste, lamentável, preocupante. Eu não consigo entender rivalidade entre dois povos que ultrapasse os limites dos portões de um estádio de futebol. Amanhã a gente fala mais nisso.

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