18 de set. de 2008

Um leque de novas coisas pra carregar

Eh, caros amigos, a vida em Beijing nao eh facil. Com o clima e a lingua diferentes, certas coisas comecam a ser necessarias na vida de uma menina. Nao que nao fossem no Brasil, de forma alguma. Mas algumas a gente comeca a precisar sempre, ou de maneiras diferente. Quer ver?



1- Hidratante - tudo bem, sempre foi necessario. Mas num clima como o de Porto Alegre (e Gravatai tb) nao eh todo dia que a gente sente necessidade meeeesmo... Bom, aqui, principalmente no inverno, a pele agradece e comemora o hidratante. Sim, ele eh necessario mais de uma vez por dia. Experimente nao passar, ou deixar de passar em alguma parte do corpo... sabe as fotos do sertao nordestino? Fica igualzinho.

2 - Celular
- celular nao serve soh pra ligar e jah no Brasil eu usava (e precisava) bastante dele. Mas no Brasil eu falava portugues e o resto do povo tambem. Aqui o celular te tira de muitos apuros: a gente recebe por sms enderecos em chines pra mostrar pros taxistas, ou quando as possibilidades do chines fraquissimo que eu falo se esgotam e nao posso deixar algo para amanha, eh ligando pra quem fala chines que a gente consegue sair das enrrascadas.

3 - Lencos umedecidos - parece coisa de gente fresca, neh? Mas aqui acho eles bem necessarios. Posso nao usar exatamente todos os dias, mas sempre tem alguem que pede (que nem chiclete). Com o po da cidade, que esta sempre em construcao, eles lencinhos sao praticos praquela sensacao de mao suja, ou qdo a gente vai a algum restaurante, ou depois de comer sorvete... viu? Seguidamente surge uma necessidade nova pra ele.

4 - Lenco de papel - aqui minha rinite praticamente inexiste. Claro, palmas para o clima seco. Mas nao sei pq, tenho uma necessidade muito grande de limpar o nariz... pq chega no fim do dia, mesmo nao tendo corisa, o nariz esta sujo. Bem sujo as vezes, dependendo do indice de poluicao do dia.

5 - Protetor labial - esse tem a mesma utilidade do amigo hidratante. No inverno, principalmente, se voce nao quiser passear por Beijing com a sua boca sangrando o tempo inteiro, tenha sempre o protetor labial na bolsa. Aqui se vende o tempo todo em cada esquina. Quando eu cheguei em Beijing, a Jana foi la me buscar no aeroporto com um na mao, me esperando pra me dar de presente. Sim, eh artigo de primeira necessidade.

6 - Protetor solar para o rosto - como eu me recuso a andar de sombrinha na rua pra me esconder no sol, o caminho eh o protetor solar. Talvez eu tenha procurado pouco, mas os mais fortes que eu achei por aqui sao os de fator 30, isso que a chinesada ama ficar com pele branquinha, branquinha. Mas pra nao andar de sombrinha na rua, vale tudo.

7 - Creme para as maos - o clima seco eh responsavel por este tubo estar sempre na bolsa (quando eu digo sempre, eh sempre mesmo). A gente sente a mao e os cotovelos ressecando muito durante o dia todo. O que faz com que a gente use creme para as maos o dia todo tb.

8 - Cartoes - pra mim esse eh o lado mais curioso de andar aqui. No meu sengundo dia em Beijing fui a uma janta com os outros especialistas da agencia. Eu ainda estava completamente grogue do jetlag, mas no fim da janta vi o primeiro ritual de troca de cartoes. Todo mundo tem cartoes, todos bilingues. E serve principalmente pra ficar mostrando pro taxista pra poder chegar a algum lugar: cartao de restaurante, hotel, loja, shopping, amigos, tudo. Claro, com o tempo a gente aprende um pouco de chines e passa a usar menos os cartoes para fins de locomocao, mas eles tao sempre por ali na bolsa, nem que seja para dar a algum recem-chegado na cidade.

Bom, tem o leque tambem. Esse da foto eu ganhei da Noha, quando viajamos juntas a Shanghai. Adoro esse leque, acho bonitaco, mas nao levo ele pra rua, tenho medo de estragar. Mas no verao daqui, um lequezinho pra fazer vento eh sempre bem-vindo.

15 de set. de 2008

Eu vivo mesmo no mundo da lua

O feriado foi ontem, mas a folga pro povo vem hoje (segunda-feira).
A partir desse ano, com o desmembramento do feriadao de primeiro de maio (que passou de uma semana para tres dias), o Festival de Meio Outono, ou Festival da Lua, ganhou uma folga propria no calendario chines. O decimo quinto dia do oitavo mes do calendario lunar foi ontem, dia de se reunir com a familia para comer bolinhos de lua e contemplar a lua cheia.

E claro que a lua, com toda a sua importancia e beleza, tem uma lenda propria na tradicao chinesa. Por aqui quem mora nela nao eh Sao Jorge e o dragao, mas Chang'e, uma bela dama, e seu coelhinho. Vai saber, ateh devem dividir o territorio ou sao vizinhos de condominio. Uma das versoes da lenda diz que Chang'e era esposa de Hou Yi, um bravo arqueiro que derrubou, a flechadas, nove dos dez sois que existiam em seu tempo e prejudicavam as plantacoes. Como premio, Hou Yi ganhou um remedio que o tornava imortal, mas quem acabou bebendo a formula foi a dama, que decolou da Terra para a Lua, sem escalas. Reza a lenda que ela tem um castelo por la, onde vive com um coelho, que lhe moi ervas medicinais, e Wugang, que tem a tarefa de cortar uma arvore que se regenera todas as vezes (notaram alguma semelhanca com o cruel destino de Sisifo e sua eterna luta para rolar uma pedra de marmore ateh o cume do monte?).

Que bolinho eh esse?

Muito antes de priscas eras jah se comiam os bolinhos de lua no festival de meio outono. Se tem noticia de que o costume vem sendo seguido desde a dinastia Zhou (século XI a. C.), quando havia uma cerimonia de oferenda de sacrificios à "rainha da noite". O bolinho eh, na maioria das vezes, redondo, um simbolo de perfeicao em muitas culturas e que aqui ganha tambem o sentido de reuniao familiar.
Eles podem ser doces ou salgados e ter os mais diversos recheios: gema de ovo, coco, lotus, sementes de frutas, nozes, castanhas, presunto, carne e ateh cha verde. A tradicao eh levada tao a serio, que caixas ricamente decoradas sao vendidas com o produto.
bonitinha a caixa, neh?

Aqui na agencia fomos agraciados com uma belissima caixa dos famosos bolinhos. Claro, que a minha paixao por caixas bonitas fez com que eu deixasse os bolinhos na mesa e arrumasse um outro destino pra ela. O festival foi ontem e eu esqueci de comer os bolinhos. Sei la, acho que a minha cabeca se perdeu no fuso, ou no mundo da lua. Pelo menos contemplei a lua ontem, que, diga-se de passagem, anda fabulosa nos ultimos dias. Comerei os bolinhos hoje, querem um pouquinho? A cara agradou voces?

esse bolinho foi um dos que ganhei. eh de gema de ovo recheado de pure de lotus. estranho, mas bom... bem doce

Falando nisso...

Jah que falamos da lenda de Chang'e, lembrei de uma outra coisinha. A historia da bela dama inspirou o nome do primeiro satelite lunar chines. Ateh um desenho foi lancado pela agencia Xinhua para celebrar o fato. O nome (suuuuuupercriativo) eh "Chang'e vai para a lua" e mostra a Chang'e com seu coelhinho guiando o satelite lunar. Ficou fofo, neh?

O judo em fotos na Paraolimpiada

O ginasio dos trabalhadores recebeu um bom publico para o judo

Na modalidade, os atletas sao trazidos pelos arbitros auxiliares

E a luta deve ter contato fisico o tempo todo

quem pensa que os deficientes aliviam ta muito enganado

a torcida chinesa fez bonito no ginasio

O tecnico do Azerbaijao era, sem duvida, o mais empolgado

Deanne Silva na luta que definiu o ouro da categoria acima de 70 kg

nao deu pra levar o ouro, mas ela estava la no podio, com a prata



Antonio Tenorio se prepara para a luta que vale o ouro. A marca vermelha no quimono indica que o atleta eh da categoria B1 (totalmente cego)

Tenorio imboliza o atleta do Azerbaijao e vence a luta

bonito gesto dos judocas no fim da luta pelo ouro

e a bandeira brasileira vai parar la no topo

14 de set. de 2008

Liberdade, liberdade

O Antonio e a Mariana, interprete dele, em dia de torcida pelo judo paraolimpico

Conheci o Antonio, recifense bacana, no dia da competicao de judo para deficientes visuais, em que o Tenorio conquistou o tetracampeonato paraolimpico. Me chamou a atencao aquele burburinho daquele lado da arquibancada. Quando vi a bandeira brasileira, tive certeza que tinha brasileiros na torcida (sim, pq mais do que isso, soh desenhando) e fui la conversar um pouquinho.
Sempre me surpreende muito essa coisa dos cegos agucarem os outros sentidos. Nao tem como nao ficar impressionada. Conversando com ele, me surpreendi de novo. O Antonio se interessa muito em saber sobre Beijing, sobre a China, ficou muito admirado por saber que moro aqui. Queria saber tudo. Principalmente uns aspectos visuais: como as chinesas se parecem, como se vestem, como sao as ruas. Mas ele tambem me falou das impressoes dele, de quem estava na capital chinesa ha apenas alguns dias. E ai que entra minha admiracao: ele falou dos cheiros de Pequim e dos chineses. Nao que a gente nao repare, mas leva mais tempo. Ele, em menos de uma semana, conhecia algumas coisas sobre o povo daqui soh de sentir o cheiro. Perguntou pq eles nao usam perfume, pq as pessoas tem um cheiro forte de alho, pq o cheiro de alcool dormido em alguns locais. Mesmo sem enxergar a doideira que eh o transito daqui, o Antonio tambem percebeu a falta de habilidade de alguns motoristas, a mania buzinar por qualquer coisa e as fechadas e trocas abruptas de pista. Acho fantastico.
Ontem fui com ele e com o Jose, que tambem eh cego, a um bar em Santilun (regiao de bares e de estrangeiros de Beijing) conversar um pouco. Tinhamos ficado de nos encontrar por lah mesmo, mas os planos precisaram ser um pouquinho alterados. Jah explico pq.
No dia do judo, o recifense falou da atencao que os voluntarios estao dando, de como sao solicitos, gentis e zelosos. Algumas vezes, zelosos ateh demais! Ateh para ir ao banheiro, quando o carinha ta la mijando, os voluntarios tao ali supervisionando pra ver se esta tudo certo. O Antonio achou essa parte meio too much, mas vai saber, coisas da hospitalidade chinesa. Soh que a parte do too much ficou ainda mais too much ontem, quando eles resolveram se aventurar pela rua. A organizacao fica tao preocupa, mas tao preocupada, que nao deixa que eles saiam sozinhos. Fiz um desvio na minha rota e fui passar la no hotel pra pegar os dois. Enquanto nao tiveram certeza de que eu nao estava sequestrando os ceguinhos, nao nos deixaram sair de la. Zelo dos chineses, muito zelo.
Soh que esse zelo todo pode ser incomodo pra um deficiente visual, como me falaram o Antonio e o Jose. A principal luta do cego eh pela independencia e autonomia: poder ler, estudar, trabalhar, se locomover sem precisar de acompanhamento constante. Simplesmente tocar a vida com liberdade. Eh nesse ponto que o zelo acaba incomodando: fazer dependente quem sempre lutou por independencia. Claro, pra organizacao deusulivre acontecer alguma coisa com qualquer partipante dos jogos, mas um pouquitito de espaco, pelo menos pra fazer xixi, nao faria mal.

10 de set. de 2008

Na torcida: os chineses

A torcida na Paraolimpiada eh massivamente chinesa. O ginasio no judo tava quase lotado e o meu colega Glenio, que foi ao Ninho ver o atletismo, disse que tava bem cheio tambem. Eu fiquei com a impressao ateh de que tah tendo mais publico que a olimpiada. Tem uns fatores que ajudam, claro. Os ingressos da paraolimpiada sao mais baratos, pra comecar. A cidade esta calma, nao tem aquela horda de turistas que viajaram a esmo soh pra prestigiar o evento, o que significa que nao tem tanto ingresso nas maos dos comites nacionais pra vender pra esse povo (muito menos gente que tenha comprado com muita antecedencia).
Claro, torcida sempre eh importante nos esportes. Nao foi um, nem dois atletas que jah declararam amor ao publico ou destacaram a importancia do incentivo para chegar a vitoria. Mas ontem, no judo para deficientes visuais, a torcida parecia ter ainda um efeito mais decisivo. A maioria dos atletas nao tinha como ver o colorido do estadio, ou rostos na arquibancada. Os gritos da torcida por si soh eram o incetivo que eles precisavam. A ordem era fazer barulho. A torcida atendeu.
Mas claro que a chata aqui precisa arrumar algo pra implicar. Eh de leve, mas tem uma coisinha que me irrita na hora de torcer. Uma praga dos jogos, que esta sendo ainda mais usado nos Jogos Paraolimpicos sao esses bastoezinhos. Todo mundo tinha um par desses dentro do ginasio e batiam freneticamente o tempo todo. Da um barulhinho metalico bem chatinho... E atras de mim tinha uma familia de franceses meio destrambelhados que, alem de tudo, ficavam batendo com aquilo na minha cabeca... afffff


Claro, junto com muitos Jiayou, muito mais, muito mais alto e, ouso dizer, mais espontaneo que durante os jogos de agosto.
Eh muito legal, muito mesmo. Dou todo o meu apoio, mas eu dispensaria os bastoes...
Outra coisa diferente da Paraolimpiada eh que para torcer em algumas modalidades o silencio eh que eh bem-vindo. Queria assistir ao futebol de cinco, que tambem eh para cegos, para presenciar isso, a coisa da torcida silenciosa. Pq do silencio? Para os atletas conseguirem ouvir a bola para saber para que lado ir. Seria especial. Como tudo nessa paraolimpiada: especial, surpreendente e bonito.

Para e olimpicos

O clima anda tao umido aqui em Beijing, tem chovido tanto nos ultimos dias, que esse funcionario da mesa de som na competicao de judo nao teve tempo para secar o uniforme da paraolimpiada e botou o dos Jogos Olimpicos mesmo... claro, especulando...

E a troca foi rapida

Fiquei devendo varios posts desde o fim da Olimpiada. Um pouco por falta de tempo, outro pouco por falta de paciencia com a internet e outro pouco por uma certa preguicinha mesmo.
Mas voltei, voltamos!
E comeco jah falando de algumas coisas que ficaram para tras, mas que merecem registro.
Um dia depois do encerramento da olimpiada, a chinesada jah correu para trocar os enfeites da rua. Evento novo, enfeites novos. Achei que ainda veria por muito tempo as mesmas bandeirolas nos postes... que nada!
Claro que por aqui ainda se fala (e muito) na olimpiada... ateh Londres 2012 ode ter certeza que estara sempre nos noticiarios da China, mas pelo menos nos postes a coisa mudou rapido!

nao deu nem tempo... quando sai pra trabalhar no outro dia jah tava assim


E agora comecou para mim

Quem tai com meu primeiro ingressinho paraolimpico eh a mascote dos jogos, Fu Niu Lele (福牛乐乐). Fui ao judo para deficientes visuais ontem e fiquei muito contente. Pra comecar por presenciar os jogos, depois para desfazer qualquer impressao errada e, por ultimo, por poder ver dois brasileiros no podio! Foi realmente muito bacana! Pra comemorar, ateh comprei a mascotezinha pra mim. Serio, achei muito mais bonitinha essa do que aquele monte de mascotes da olimpiada...

6 de set. de 2008

E comeca a cerimonia de abertura da Paraolimpiada

Foi soh eu, ou mais alguem ficou com a impressao de que chamaram os teletubbies pra participar da cerimonia?

Tirando os teletubbies, a cerimonia ta bem legal. Capricharam! E a contagem regressiva com os fogos de artificio foi muitissimo bacana...

Mas continuo achando que nao precisava daquele numero com os teletubbies...

3 de set. de 2008

A China veste Prada



Revista UMA, Editora Símbolo (São Paulo): setembro 2008 - "A China Veste Prada" - páginas 38 a 42

2 de set. de 2008

Momento desabafo (ou cerveja quente não dá)

Nao eh segredo que eu gosto de sair e tomar uma cervejinha. Ir ao boteco, encontrar os amigos, "ô capitão (ou qqer outro apelido amigável para o nosso digníssimo garçom), desce uma bem gelada aqui" é uma combinação bacana. Aqui isso é adaptado pra "Pengyou, wo yao yi ge binda pijiu", mas mesmo assim é bacana. Quer dizer, seria bacana se a cerveja viesse realmente gelada. Na sexta passada fui a um bar com uns amigos, pois era despedida do dono do bar. Pedi uma cerveja. Veio... fresquinha, digamos assim. Nessa hora já senti falta do Brasil. Quando pedi a segunda... parece que a garrafa tinha ficado escondida dentro do forno. Fiquei um tempo na mesa, eu e a minha cerveja quente, revendo os meus conceitos.
Quando eu saía do plantão do jornal era comum uma passadinha rápida (algumas vezes nem tanto) no Pinguim (ta, desculpem, mas a trema tá difícil de achar) ou no Van Gogh. O cenário não era dos mais inspiradores, pois quase sempre os bares estavam vazios, mas era batata: pediu cerveja gelada, veio cerveja gelada. A cerveja veio fresquinha? "Pô, amigo, cerveja quente não dá, né? Troca aí". E sabe que sempre funcionou? Nossa, bons tempos...
Uma vez eu e a Jana, minha caríssima amiga companheira de aventuras, fomos a um barzinho chinês e pedimos uma cerveja gelada. Mas não foi um simples pedido. Enfatizamos o "gelada" com todas as palavras possíveis do nosso vasto vocabulário de chinês e antes do gelada, o "muito". Quando terminamos de pedir, resolvemos salientar, de novo, a parte do "muito gelada". A chinesinha que tava atendendo fez uma cara de "óbvio que é gelada" maravilhosa e nós ficamos aliviadas. Chega a cerveja. Passou longe, mas muito, muito longe do gelada...
É... os contrastes...
E o pior é que não é nem um problema da China, isso é coisa de Beijing mesmo. Pq já aconteceu de dois chinesinhos que eu conheço, de duas outras províncias diferentes, reclamarem dessa mania de estender para a cerveja o hábito de beber líquidos quentes. Sim, pq aqui até a água que se bebe é quente. Lembram de uma época no Brasil que indicam babosa para tratar qualquer doença? (rezava a lenda que até câncer poderia ser curado) Pois aqui o negócio é água quente. Pra qualquer coisa, água quente. Mas cerveja não, né?
A minha dúvida no momento, e que eu pensava lá naquele bar, eu e a minha cerveja saída do forno, é se quando eu voltar pro Brasil e a cerveja vier geladinha se eu ainda vou mandar vir outra...