21 de nov. de 2009

Retrospectiva 2007, 2008 e 2009 - Parte III

A importância de Confúcio (que por aqui se chama 孔子 - kongzi) na história da China e da Ásia é inegável. O confucionismo ainda é aplicado, mesmo com todas as tentativas do governo, principalmente durante a Revolução Cultural, de mudar esta situação.
  
Fui à Qufu (曲阜), cidade natal do filósofo, em outubro de 2008. As marcas das tentativas de erradicar o confucionismo ainda estão presentes na cidade. No templo de Confúcio é possível ver muitas estelas (grandes placas onde os ensinamentos eram registrados) quebradas, reconstituídas ou faltando pedaços. A mansão da família Kong (Confúcio mesmo era muito pobre, mas após a sua morte a família enriqueceu, virou nobre e dona da cidade) também traz marcas da depredação iniciada durante a Revolução Cultural (1966-1976). 

Falando de família, a história da família Kong, em si, é interessantíssima, da maneira como tomaram conta daquela cidade, não permitindo, até mesmo, a construção da linha ferroviária para que não fossem perturbados por visitantes e turistas, à queda durante a Revolução Cultural, com toda a linhagem direta fugindo para Taiwan, onde permanecem até hoje. Entretanto, todo mundo - do varredor de loja ao dono de hotel - alega ser parente do talvez mais importante filósofo chinês. Dizem que até rola teste de DNA para comprovar. 

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