Eu juro que me irrito com isso. A censura na internet é uma das mais burras e irritantes aqui. Por mais que bloqueie, se caiu na rede já era, não tem como tirar. Se o site é bloqueado, beleza, não finge que não é, ou que não sabe do que tá falando.
Não é a primeira matéria que a Xinhua, ilustríssima agência de notícias do governo chinês, divulga com análises de sites que são bloqueados no país. Sim, falar que o Facebook não ganhou espaço entre os internautas chineses em um ano sem mencionar que a rede social é bloqueada dentro do território chinês é, no mínimo, amadorismo.
E aí que no ano que vem Shanghai vai receber a ExpoMundial e o governo está botando a maior fé (e grana) no evento, que além de prestígio pode trazer boas oportunidades de negócios e investimentos. Evento grande, internacional. Nada melhor que usar duas das maiores redes sociais do mundo para divulgar o evento: Facebook e Twitter. Coincidentemente, duas das redes sociais devidamente censuradas na internet chinesa. Lá fora o povo pode ver, seguir, adicionar, comentar. Aqui, não.
Eu concordo, em parte, com o que argumenta a Jana nesse texto. O umbiguismo nesse mundo online, que já concentra o maior número de usuários do mundo e que tem um belíssimo espaço para expansão, é comum aqui, mas não descarta a culpa (e a necessidade) do governo chinês em controlar a informação que trafega na rede chinesa. Afinal, como dá para ver no levantamento do Web 2.0, não só a China tem ferramentas desenvolvidas no próprio país que acabaram mais popularizadas, mas Coreia do Sul e Japão também. Acho que todo mundo tem espaço aqui, até mesmo os sites estrangeiros se começarem, por exemplo, a falar, literamente, a mesma língua dos chineses. E claro, se o governo liberar o acesso também ajuda bastante.
Mas "noves fora", como diz uma amiga, como a assessoria da Expo Shanghai atualiza o perfil do Facebook e Twitter? Proxy? Assim pode, é? Bom saber...
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